Éramos tenros, virgens de paixão e solidão,
Esgueiramo-nos por entre os ramos folheados da glória
E vimos de perto a martirização da memória,
Apenas para voltarmos a ser o que éramos,
Tristes, divinos e perplexos de incapacidade,
Éramos muitos não sabendo que pouco éramos,
Fomos aos berros e voltamos sem fazer alarde,
Jogaram fora os pontos de convergência,
Éramos tambores em uma só cadência,
Enamoraram-se com outras divindades,
Éramos todo, já nem somos metade,
Somos a escravatura abolida
Sem os arranhões e cortes,
Mártires somos em vida,
Esquecidos após nossas mortes.
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