Debaixo de todas essas camadas
Frias, mortas, úmidas, sujas,
Não há nada.
Não há nem mesmo o Nada.
O que há em mim são lembranças
De quando algo ainda havia,
Havia sonhos, lutas, dor e esperanças,
Houve até lágrimas vazias.
Agora eu só rejeito esse jeito
De viver ajeitado, com tudo no lugar,
Esse jeito que tirou de mim
Tudo o que havia a se lembrar,
E que contra mim move minha angústia.
Abaixo esse jeito podre de viver
Que nos tira o que temos de humano.
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