Eu de cá repleto de ti,
Tu de lá insatisfeita de mim,
Podemos, talvez, as aflições unir,
Mas a satisfação, por nosso haver,
Por nosso existir, nunca há de vir.
Quando soletro a paz que há em mim
Cada sílaba sai dura, cruel,
Porém minhas orações rebuscadas com fúria
São para mim doces - mel.
Entendes então a contradição
Do viver enquanto existir?
É fato que vives para não viveres
Mas existes para viver.
Então para que o viver?
E para que o existir?
Em mim as questões se desmancham:
Notas, versos, drogas, risos,
Seios, nádegas e aí está, meus caros:
Sexo é tudo.
E foda-se o resto.
Sinto-me compartilhadora desta aqui!
ResponderExcluirÉ de fato muito pessoal, porém torna-se universal quando a pessoa está vivenciando a fase da vida expressa acima.