Pelo amargo da lágrima
E pela ternura do canto,
Vivi pelo que há para se viver,
Justifiquei ao cúmulo a existência do ser,
Saboreei cada momento de dor no pranto,
Fui uma gota de orvalho
Na noite do cerrado
E só na minha luta eu falho
Em carregar-me como fardo.
As eras que vivi nos anos de que me lembro
Esbanjaram desdém e negligência,
Vi nelas a negação da decência
E a face da besta que habita dentro.
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