Torturam-se as mentes sãs,
Permeados por ares malsãs
São ensanguentados gritos de dor.
Os rios transbordam veneno
Nas margens pontuadas por corpos
Mortos, inchados, em rigor mortis pleno.
Membros mutilados balançando com o vento,
Espalhando pestilência e morte
Que mesmo o organismo mais forte
Faz vomitar as tripas no chão lamacento,
E os corvos sedentos de sangue
Em fúria cega alcançam
Onde os sonhos infantes descansam
E rasgam-lhe os pescoços enxangues.
É aqui onde os inocentes gritam
Ao ter os olhos arrancados,
Os escalpos decepados,
As torturas que os homens cogitam.
Ao sentir o sopro da vida
Fraquejar em seu pálido peito
A dor lhe cegará os sentidos
E à morte serás eleito.
Nesse lugar além dos últimos
Delírios de carnificina
Seus sonhos se rasgam nos afiadíssimos
Punhais de uma nova chacina.
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