Recortado contra o céu noturno,
Fascinado pelo brilho morno
E a solidão do seu eu soturno
Mundo, vacilou seu olhar
E aos poucos deslumbrou
O mar. Deslocou os ventos,
Desedificou. Sonhou.
Acordou no frio da margem,
Segregado por princípio próprio,
Sufocou a paisagem, soterrou
No ópio a angústia, adiou viagem.
Seguiu de face erguida porém
Olhos baixos, procurando além
Da verdade aparente, no Sol
Da sua mente, um farol
No limbo interno do vazio.
Perdido no espaço extenso
Para vagar no ócio
E dedicar-se ao silêncio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário