Criou asas e alçou vôo, indo para longe...
A cratera toráxica deixada sangra amor,
Amando quaisquer pedaços que existam...
Isso é amar a sós no leito
Sem amar como monge,
Amar em conjunto com a dor
De não ter mais o amor
Mas ainda assim amando quaisquer que vivam.
Esse amor abrangente
Está só em sua paixão,
Displiscentemente
Sangrando em vão.
Pois chove dentro de mim
E eu já não sei mais
Que farei com esse vazio,
Esse pedaço foi-se ao Fim
Deixando-me sem paz
E o meu viver jaz sobre um fio.
Não é possível ser consigo, apenas,
Nem consigo querer a todos simultaneamente,
Tenho pensado Compadecimento
Enquanto sangro por dentro
Num violento desalento
De querer sentir-me plenamente,
Agora a chuva dentro de mim
Enrubrece minha visão.
Eu nada enxergo, estou cego
De amor e solidão.
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