Fazia tempo eu não levantava
Sob o brilho solar pós madrugada
Com o pesar de mil vidas passadas
E o rosto permeado de lágrimas
Porém, faz tempo que a única coisa
Que sinto, rara e de repente,
É, sobretudo, a falta de força
Para lidar com passado e presente
E já a bastante tempo eu sei
Que a estória que eu contei
Ainda marca cada batida
D'um coração sem amor, sem vida
Sendo só mais um entre tantos
Não sinto-me afim de falar
Sobre mais uma vez acordar
Aos prantos.