sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Manhã

Fazia tempo eu não levantava

Sob o brilho solar pós madrugada

Com o pesar de mil vidas passadas

E o rosto permeado de lágrimas


Porém, faz tempo que a única coisa

Que sinto, rara e de repente,

É, sobretudo, a falta de força

Para lidar com passado e presente


E já a bastante tempo eu sei

Que a estória que eu contei

Ainda marca cada batida

D'um coração sem amor, sem vida


Sendo só mais um entre tantos

Não sinto-me afim de falar

Sobre mais uma vez acordar

Aos prantos.